Sindicato das Empresas de Publicidade Exterior do Estado de São Paulo

A indústria da comunicação e o Brasil – ForCom

Pilares atuais da comunicação: a multiplicação dos pontos de contato entre marca e público, o consumidor que em segundos forma opinião e o livre mercado

Entre hoje e o dia 30 de maio, em São Paulo, será realizado o 5º Congresso da Indústria da Comunicação. Pela primeira vez, estarão reunidas as 38 entidades que compõem o ForCom (Fórum Permanente da Indústria da Comunicação).

Nada mais emblemático para explicar o estágio de maturidade da atividade no país.

Maturidade profissional para compreender a profunda interdependência das disciplinas do negócio para o cumprimento da complexa tarefa de gerir a construção e a consolidação das marcas, com uma comunicação integrada e eficaz.

Ao nosso redor, as mudanças ocorrem numa velocidade tamanha que já não há tempo para questionamentos que não estejam honestamente dotados da grandeza de acompanhar a inovação. O congresso nasce sob o signo dessa determinação.

Há uma multiplicação dos pontos de contato das marcas entre todos os seus públicos, diante da necessidade de afinar percepções, sob um mesmo diapasão conceitual, que traduza verdade e transparência. Há também a poderosa transformação das relações dessas marcas com um consumidor cada vez mais autossuficiente na viabilização dos seus desejos e capaz de, em segundos, formar opinião relevante.

E se consolidam as práticas de livre mercado, com o consequente estímulo à competitividade, como a opção socioeconômica mais saudável para o nosso desenvolvimento.

Esses são os pilares que hoje sustentam as inter-relações de mercado e constituem a base sobre a qual o Brasil impulsiona sua projeção como protagonista no cenário mundial.

É sobre eles que estamos construindo a nossa história futura, marcada por aportes tecnológicos sucessivos, em que o inédito se soma ao redesenho do convencional, potencializando as melhores características do original e do novo.

A integração das mídias é um retrato explícito dessa realidade.

Dados de crescimento expressivo dos meios de comunicação convencionais ensinam que o futuro é de convivência -e de convergência de métodos, artes e técnicas, ocasião em que talentos especializados em disciplinas diversas vão continuar brindando os brasileiros com um padrão de comunicação interessante, consistente, dinâmico, criativo e, positivamente, muito mais interativo.

Com uma classe média a caminho de alcançar o fantástico índice de 100 milhões de consumidores, mais da metade incorporada recentemente a esse extrato social, o Brasil tem, na indústria da comunicação, o elemento estrutural insubstituível para assegurar, na efervescência do mercado, o necessário ritmo de crescimento.

O 5º Congresso da Indústria da Comunicação também dedicará espaço privilegiado à grande responsabilidade social da indústria da comunicação, através do estímulo a um debate produtivo sobre a necessária vigilância pelo respeito aos valores éticos que fazem com que uma economia regida pelo mercado assegure um compromisso cabal com os direitos do cidadão.

Serão objeto de profunda reflexão os conceitos de direito à privacidade, sobremaneira pelas inúmeras possibilidades de abordagem criadas por meio das novas metodologias de acesso aos consumidores.

Será data também uma atenção especial aos aspectos morais da comunicação comercial, procurando o equilíbrio entre a evidência buscada pela linguagem criativa e o cuidado em preservar os códigos prezados pela sociedade.

Em suas 13 comissões, compostas pelos maiores expoentes da indústria da comunicação, o congresso não deixará de tratar de nenhum tema relevante para o negócio ou para a sociedade, tanto no aspecto econômico como no cultural e político.

LUIZ LARA, 50, é presidente da ABAP (Associação Brasileira de Agências de Publicidade), do 5º Congresso Brasileiro da Industria da Comunicação e da agência Lew’Lara/TBWA

Folha de São Paulo, 28 de maio de 2012

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